Arquivo da categoria: educação

>Evento promove o Ciber-Ciência Cidadã no Brasil (JC/Gestão C&T)

>
JC e-mail 4240, de 18 de Abril de 2011

Ele é voltado aos interessados em participar de projetos científicos relacionados aos mais diversos temas, como mudanças climáticas, física de partículas, além de desenvolvedores, programadores e cientistas.

No mês de maio, alguns estados receberão o evento Brasil@home, uma iniciativa para promover o Ciber-Ciência Cidadã, que é a participação da sociedade em projetos científicos via internet, no Brasil e na América Latina. É uma introdução aos conceitos e prática de computação voluntária, inteligência distribuída e sensoriamento remoto voluntário.

No encontro, cientistas chefes dos principais projetos de Ciber-Ciência Cidadã no mundo ministrarão palestras e contribuirão para fomentar novos projetos no Brasil. O evento é voltado para interessados em participar de projetos científicos relacionados aos mais diversos temas, como mudanças climáticas, física de partículas, digitalização de documentos históricos, além de desenvolvedores, programadores e cientistas.

Alguns dos palestrantes são David Anderson, da University of Berkeley, criador do Seti@home, primeiro projeto de computação voluntária; Philip Brohan, da UK Meteorological Office, cientista do projeto Old Weather, no qual cidadãos ajudam a digitalizar dados climáticos registrados em antigos diários de bordo de navios; Francois Grey, diretor do Centro de Ciber-Ciência Cidadã; entre outros.

O Brasil@home será no dia 2 de maio em Brasília (DF); de 3 a 5 do mesmo mês no Rio de Janeiro (RJ); e no dia 6 em São Paulo (SP). A programação completa e mais informações estão no site http://www.citizencyberscience.net/brasilathome.
(Gestão C&T)

>Ciência ao alcance dos sertanejos (JC)

>
JC e-mail 4175, de 11 de Janeiro de 2011.

Projeto da Ufersa levará conhecimento às escolas públicas do semiárido do Rio Grande do Norte

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) irá executar, a partir de fevereiro, o Projeto Ciência para Todos no Semi-Árido Potiguar. O projeto, que tem como coordenadora a professora Celicina Maria da Silveira Borges Azevedo, foi submetido aos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, com colaboração da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).

Já aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o projeto objetiva despertar nos adolescentes de Escolas públicas de ensino médio do semiárido nordestino a curiosidade científica.

“A nossa proposta é treiná-los no uso da metodologia científica e realizar uma grande feira de ciências com, no mínimo, 100 projetos feitos pelos estudantes através do uso do método científico nas mais diversas áreas do conhecimento”, explica a professora Celicina Borges.

Ainda segundo a professora, a proposta foi concebida depois da experiência em projetos para a melhoria do ensino de ciências nas Escolas públicas da 12ª Diretoria Regional de Educação, Cultura e Desportos (Dired). Para possibilitar o aumento da experiência, a intenção é dar continuidade e ampliar o trabalho para outras Direds, como a 13ª, 14ª e 15ª.

Todas as 77 escolas de ensino médio dessas Direds serão contempladas. No total, 49 cidades, o que corresponde a 29% dos municípios do estado, todos na região do semiárido. O projeto tem custeio global de mais de R$ 190 mil.

A professora explica que o cronograma será dividido em cinco etapas. A primeira com a capacitação de professores, seguida de oficinas de construção de projetos e visitas de acompanhamento aos trabalhos desenvolvidos. A segunda será a realização, das Escolas, de suas próprias feiras de ciências e a escolha dos melhores projetos. A terceira etapa será a realização da feira de ciências a nível regional com os projetos selecionados na segunda etapa.

Por fim, as duas últimas etapas, em Mossoró, com a Semana de Ciência e Tecnologia, no mês de outubro, dando início a quarta etapa. A Feira Estadual terá a participação de todos os projetos selecionados nas feiras regionais das quatro Direds. A quinta e última etapa será a entrega das bolsas de Iniciação Científica Junior para os estudantes premiados, além da execução de um curso de Ciências para esses alunos.

No total, serão atribuídas 18 bolsas, onde dentre os critérios de escolha estão o uso do método científico, a criatividade e a relevância da pesquisa. A duração da bolsa será de 12 meses e, no final, os estudantes e professores premiados, bem como os coordenadores das Direds e a coordenadora geral do projeto receberão passagem aérea de ida e volta, para participação e apresentação dos projetos em Feira de Ciências de âmbito nacional.
(Diário de Natal, 9/1)

>Coreia do Sul: robô substitui professor em sala de aula

>
Terra – 28 de dezembro de 2010 • 12h22

Batizado de “Engkey”, o robô sul-coreano custa cerca de R$ 12 mil. Foto: AFP.

Cerca de 30 robôs-professores foram introduzidos em salas de aula de 20 escolas primárias da Coreia do Sul. As máquinas, criadas pelo Instituto de Ciência e Tecnologia do país, tem a intenção de ensinar a língua inglesa para alunos sul-coreanos que não têm contato com o idioma.

Os robôs, chamados “Engkey”, são controlados ao vivo por professores de inglês a partir das Filipinas. Eles têm pouco mais de 1 m de altura e possuem uma tela que capta e mostra o rosto do professor que está, à distância, dando a aula. Os “Engkey” ainda conseguem ler os livros físicos dos alunos e dançar movimentos a cabeça e os braços.

Segundo Sagong Seong-Dae, cientista do Instituto, a questão financeira contou para a substituição do humano pela máquina. “Com boa formação e experiência, os professores filipinos são uma mão-de-obra mais barata do que os daqui”, contou ao site britânico Daily Mail.

Kim Mi-Young, uma oficial do departamento de educação do país, afirmou também ao site que a experiência foi bem-vinda. “As crianças parecem amar os robôs porque eles são bonitinhos. Mas alguns adultos também mostraram um interesse especial afirmando que se sentem menos nervosos de convesarem com máquinas do que com pessoas de verdade”, contou.

Mi-Young fez questão de destacar, no entanto, que os robôs não vão substituir completamente a atuação dos professores humanos, apesar do investimento governamental de cerca de US$ 1,5 milhão, algo em torno de R$ 2,5 milhões. Cada robô tem o preço de aproximadamente R$ 12 mil.

>Xamãs, artesãos e mestres da cultura popular serão professores da UnB

>
Universidade será a primeira no Brasil a ter uma disciplina baseada nos saberes tradicionais. Aulas devem começar no próximo semestre

Ana Lúcia Moura – Secretaria de Comunicação da UnB
12/07/2010

Benki Pianko é um grande especialista brasileiro em reflorestamento. Maniwa Kamayurá conhece em detalhes as técnicas de construção indígena. Lucely Pio é capaz de identificar com precisão qualquer planta do cerrado. Mas o conhecimento de nenhum deles veio das salas de aula. Eles aprenderam o ofício com os avós e com os pais, e o repassam aos filhos, aos netos. No próximo semestre, porém, vão ensinar o que aprenderam também aos alunos da Universidade de Brasília.

Benki, Maniwa e Lucely serão professores de uma disciplina de módulo livre: Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais. Benki, que é mestre do povo indígena Ashaninka, no Acre, Maniwa, pajé e representante dos povos indígenas do Alto Xingu e Lucely, mestre raizeira da Comunidade Quilombola do Cedro, em Goiás, vão passar adiante o conhecimento acumulado durante mais de séculos nas comunidades onde cresceram e vivem até hoje. Benki e Maniwa são xamãs indígenas, líderes espirituais com funções e poderes ritualísticos. Lucely é mestre quilombola.

Além deles, serão também professores da nova disciplina Zé Jerome, mestre de Congado e Folia de Reis do Vale do Paraíba, em São Paulo, e Biu Alexandre, mestre do Cavalo Marinho Estrela de Ouro de Condado, um dos tradicionais grupos folclóricos da Zona da Mata pernambucana, que reúne teatro, dança, música e poesia.

A criação da disciplina, que deve ter carga semanal de seis horas, depende ainda de aprovação do Decanato de Ensino de Graduação. Ela faz parte de um projeto de introdução dos saberes tradicionais na universidade. “Queremos promover um diálogo, uma troca de conhecimentos”, explica o professor José Jorge de Carvalho, coordenador do projeto e também do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa. “Os mestres que aqui estarão têm um modo de construir saberes que leva em conta não só o pensar, que é característico da cultura das universidades, mas também o fazer e o sentir”, completa o professor.

AVANÇO – O professor José Jorge destaca, no entanto, que a introdução dos saberes tradicionais não é uma negação da forma utilizada pelas universidades de produzir e transmitir conhecimento. “Pelo contrário. É uma soma. Sabemos coisas que os mestres tradicionais não sabem, assim como eles conhecem muito do que não conhecemos. A universidade pode ser muito mais rica do que é”, acrescenta. Cada mestre passará duas semanas na UnB e será acompanhado por um professor na sala de aula. “A universidade pode ser mais rica do que é. E, para isso, precisa fazer jus à riqueza de saberes que existem no Brasil”, completa o professor José Jorge.

O chefe do Departamento de Antropologia, Luís Roberto Cardoso de Oliveira, lembra que a criação de disciplinas de módulo livre, que permitem aos alunos contato com um conhecimento totalmente fora de sua área, foi um avanço. “E colocar os mestres frente a frente com os alunos e ao lado dos professores é uma proposta que vai ainda mais além”, comenta.

Para Nina de Paula Laranjeira, diretora de Acompanhamento e Integração Acadêmica do Decanato de Ensino de Graduação, a iniciativa por si só já demostra uma mudança nos modos de pensar. “Precisamos superar o paradigma de que o conhecimento está limitado à comprovação científica”, afirma.

TROCA DE SABERES – As bases pedagógicas e antropológicas da nova disciplina serão discutidas nos dias 15 e 16 de julho, como parte do seminário internacional que vai tratar da introdução de novos saberes nas universidades. “O método de transmissão dos mestres tradicionais é completamente diferente do nosso. O ideal para a raizeira Lucily, por exemplo, é ensinar caminhando pelo cerrado”, explica o professor José Jorge.

Organizado pelos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia e Ministério da Cultura, o Encontro de Saberes vai reunir mestres indígenas e de atividades folclóricas, professores brasileiros e latino americanos, além de representantes do Governo Federal. No encontro, serão apresentadas experiências de universidades de cinco países da América Latina que desenvolvem projetos de inclusão de saberes tradicionais em seus cursos, disciplinas e programas de extensão. O seminário, que acontece no Auditório Dois Candangos, também será uma oportunidade para os novos professores conhecerem melhor a UnB.

Entre os palestrantes estão o reitor da Universidade Amawtay Wasi do Equador; Maria Mercedes Díaz, da Universidade de Catamarca na Argentina; Jaime Arocha, professor de Antropologia da Universidade Nacional da Colômbia; Carlos Callisaya, coordenador das Universidades Indígenas da Bolívia no Ministério da Educação boliviano e Maria Luísa Duarte Medina, que atua em projetos de inclusão dos saberes indígenas nas instituições de ensino superior do Paraguai. “A presença de cada um deles mostra que a inclusão dos saberes tradicionais na academia é um movimento cada vez mais forte”, afirma o professor José Jorge.

>O Nordeste e as mudanças climáticas (FAPESP)

>
Especiais

Por Fabio Reynol, de Natal (RN)
27/7/2010

Agência FAPESP – O primeiro quadrimestre de 2010 foi o mais quente já registrado, de acordo com dados de satélite da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos.

No Brasil, a situação não foi diferente. Entre 1980 e 2005, as temperaturas máximas medidas no Estado de Pernambuco, por exemplo, subiram 3ºC. Modelos climáticos apontam que, nesse ritmo, o número de dias ininterruptos de estiagem irá aumentar e envolver uma faixa que vai do norte do Nordeste do país até o Amapá, na região Amazônica.

Os dados foram apresentados pelo pesquisador Paulo Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante a 62ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que começou no domingo (25) e vai até a sexta-feira (30), em Natal, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Além da expansão da seca, o pesquisador frisou que o Nordeste deverá sofrer também com as alterações nos oceanos, cujos níveis vêm subindo devido ao aumento da temperatura do planeta. Isso ocorre não somente pelo derretimento das geleiras, mas também devido à expansão natural da água quando aquecida.

Cidades que possuem relevos mais baixos, como Recife (PE), sentirão mais o aumento do nível dos oceanos. E Nobre alerta que a capital pernambucana já está sofrendo as alterações no clima. “Com o aumento do volume de chuva, Recife tem inundado com mais facilidade, pois não possui uma rede de drenagem pluvial adequada para um volume maior”, disse.

Um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento da região Nordeste seria a constante associação entre seca e pobreza. A pobreza, segundo o pesquisador, vem de atividades não apropriadas ao clima local e que vêm sendo praticadas ao longo dos anos na região. Plantações de milho e feijão e outras culturas praticadas no Nordeste não são bem-sucedidas por não serem adequadas à caatinga, segundo Nobre.

“A agricultura de subsistência é difícil hoje e ficará inviável em breve. Para que o sertanejo prospere, teremos que mudar sua atividade econômica”, disse.

O cientista citou um estudo feito na Universidade Federal de Minas Gerais e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que indicou que o desemprego no Nordeste tenderá a aumentar caso as atividades econômicas praticadas no interior continuem.

Nobre sugere a instalação de usinas de energia solar como alternativa. “A Europa está investindo US$ 495 bilhões em produção de energia captada de raios solares a partir do deserto do Saara, no norte da África. O mercado de energia solar tem o Brasil como um de seus potenciais produtores devido à sua localização geográfica e clima, e o Nordeste é a região mais adequada a receber essas usinas”, indicou.

“Ficar sem chuva durante longos períodos é motivo de comemoração para um produtor de energia solar”, disse Nobre, que ressaltou a importância dessa fonte energética na mitigação do aquecimento, pois, além de não liberar carbono, ainda economiza custos de transmissão por ser produzida localmente.

Mais eventos extremos

O potencial do Nordeste para a geração de energia eólica também foi destacado pelo pesquisador do Inpe. Devido aos ventos alísios que sopram do oceano Atlântico, o Nordeste tem em seu litoral um constante fluxo de vento que poderia alimentar uma vasta rede de turbinas.

Além da economia, Nobre chamou a atenção para as atividades que visam a mitigar os efeitos das mudanças climáticas, que seriam importantes também para o Nordeste. “Os efeitos dessas mudanças são locais e cada lugar as sofre de um modo diferente”, disse.

Um dos efeitos dessas alterações é o aumento dos eventos extremos como tempestades, furacões e tsunamis. Em Pernambuco, as chuvas de volume superior a 100 milímetros em um período de 24 horas aumentaram em quantidade nos últimos anos.

“Isso é terrível, pois as culturas agrícolas precisam de uma precipitação regular. Uma chuva intensa e rápida leva os nutrientes da terra, não alimenta os aquíferos e ainda provoca assoreamento dos rios, reduzindo ainda mais a capacidade de armazenamento dos açudes”, disse.

Nobre propõe que os governos dos Estados do Nordeste poderiam empregar ex-agricultores sertanejos em projetos de reflorestamento da caatinga com espécies nativas. A reconstrução dessa vegetação e das matas ciliares ajudaria a proteger o ecossistema das alterações climáticas e ainda contribuiria para mitigá-las.

O cientista defendeu também o acesso à educação de qualidade a toda a população, uma vez que a porção mais afetada é aquela que menos tem acesso a recursos financeiros e educacionais.

A implantação de uma indústria de fruticultura para exportação é outra sugestão de Nobre para preparar o Nordeste para as mudanças no clima e que poderia fortalecer a sua economia.

“A relação seca-pobreza é um ciclo vicioso de escravidão e que precisa ser rompido. Isso se manterá enquanto nossas crianças não souberem ler, não aprenderem inglês ou não conseguirem programar um celular, por exemplo”, disse.

>Quando é melhor ter sotaque estrangeiro

>
Accented teachers may be better for English language learners: study

By Valerie Strauss – The Answer Sheet
The Washington Post, May 5, 2010

A new study on how well students learn second languages from teachers with accents suggests that Arizona may be making a mistake by trying to remove heavily accented Hispanic teachers from classrooms filled with Hispanics trying to learn English.

School districts in Arizona are under orders from the state Department of Education to remove teachers who speak English with a very heavy accent (and/or whose speech is ungrammatical) from classrooms with students who are learning to speak English. Officials say they want students who don’t know much English to have teachers who can best model how to speak the language.

I wrote the other day about the difficulties in determining just how deep an accent has to be to be considered a problem, but here’s another side of the issue.

According to a new research study conducted in Israel, students learn a second language better from a teacher who speaks in the same accent as they do.

The study, published in the Journal of Psycholinguistic Research, said that students learning from a teacher with the same accent have an easier time understanding the material. They don’t have to spend time trying to understand the English in a different accent.

According to one of the report’s co-authors, Psychology Professor Zohar Eviatar, the concentration a student would have to summon to understand English in a different accent is considerably greater than if the student were a native English speaker.

In Arizona, that would mean that Hispanic kids studying English would learn better from teachers with Spanish accents.

The research, conducted at the University of Haifa, has implications not just for second language acquisition, but for how well students learn new subjects, Eviatar said.

The study was performed by researchers from different backgrounds. Dr. Raphiq Ibrahim is an Israeli Arab with an Arabic accent; Dr. Mark Leikin hails from the former Soviet Union and speaks with a Russian accent; Eviatar is a fluently bilingual Hebrew-English speaker. The team was both personally and professionally curious to know more about the accent effect.

Here’s how the study was done:

Sixty participants from ages 18 to 26 were chosen: Twenty were native Hebrew speakers, 20 were from the former Soviet Union, and 20 were Israeli Arabs who had started learning Hebrew at about seven years of age.

Researchers made recordings of Hebrew phrases where the last word was recorded with one of four different accents: Hebrew, Arabic, Russian or English. The students were then tested to see how long it took for them to recognize the Hebrew word in one of the four accents.

They found, according to the Innovation News Service, that the Hebrew speakers could decipher Hebrew words adequately regardless of the accent in which they were spoken, while the Russian and Arabic speakers needed more time to understand the Hebrew words presented in an accent foreign to their own.

The researchers feel that additional research is needed to determine just how much extra effort is involved in the attempt to process both an unfamiliar accent as well as new material.

The study suggests that English taught to Mexican students as a second language, for example, can be taught just as well by a Mexican teacher speaking English, as by a native American who’s been speaking English since birth.

“If you are an Arab, you would understand English better if taught by a native Arab English teacher,” Eviatar believes, adding, “This research isn’t even just about learning language but can be expanded to any topic like math or geography.

“If you have a Spanish accent and your teacher has a Chinese accent it will be much harder for you to concentrate on your studies,” Eviatar continues. “It’s best to learn from a teacher who teaches with a majority accent – the accent of the language being spoken, or an accent like your own. If not, it’s an added burden for the student.”

Someone should give this study to Arizona education officials.

>UnB forma primeira aluna indígena

>
UNB Agência de Notícias, 24/03/2010

Maria Amazonir, da etnia Fulni-ô, é a primeira aluna indígena a graduar-se na UnB. Ela recebeu o diploma de bacharel em Comunicação Social na última quarta feira, dia 17 de março. Amazonir está entre os 60 estudantes indígenas que entraram na UnB desde que o convênio com a Funai foi firmado, em 2004. Como jornalista, Amazonir pretende mudar a forma como os indígenas são tratados pela mídia.

Maria Amazonir entrou na UnB no primeiro semestre de 2004, por meio de transferência facultativa. Segundo ela, já trabalhava com Comunicação em sua aldeia, de forma amadora, organizando eventos e palestras para as crianças sobre conscientização dos seus direitos, mas não pensava em ser jornalista. “Era o que eu gostava de fazer e queria me profissionalizar nesta área. Mas a palavra ’jornalista’ parecia grande demais para a minha realidade. Quando mencionava, era ridicularizada pelos outros”, conta Amazonir.

Mas Amazonir não desistiu do que queria. Conseguiu ajuda de uma colega, que pagou cursinho para ela. Passou em uma faculdade particular, conseguiu fazer a matrícula com dinheiro emprestado, mas logo saiu o convênio da Funai com a UnB e a estudante conseguiu a transferência facultativa.

A estudante escolheu Jornalismo porque percebeu que havia pouco espaço para os povos indígenas na mídia e acreditava que isso se devia à falta de profissionais na área. Agora que se formou, quer dar continuidade ao trabalho que começou com seu projeto de conclusão de curso, um programa para debater questões indígenas sob o ponto de vista do índio. “Não é justa a forma de como os meios de comunicação e principalmente a televisão tratam a imagem do índio. Não somos mais dependentes, somos capazes de desenvolver qualquer função social e/ou cultural que o não-índio desenvolve”, defende.

O coordenador acadêmico dos Alunos Indígenas, Paulo Câmara, comemora a formatura de Amazonir. “É chato quando ouvimos que os índios não devem estar aqui, que universidade é só para a elite intelectual. Por isso é muito bom ver a Amazonir se formar com bom rendimento”, enfatiza.

A decana de Ensino de Graduação, Márcia Abrahão, que estava na colação de grau da aluna, acredita que a formatura de Amazonir representa a vitória da diversidade. Segundo ela, a ambientação dos alunos indígenas e o choque de cultura são desafios que ainda precisam ser contornados. “Mesmo assim, sentimos que estamos contribuindo para o desenvolvimento do país e, por outro lado, estamos ganhando, aprendendo com a cultura desses estudantes”, explica.

A UnB tem hoje 60 alunos indígenas, que entram por meio de convênio firmado entre a Funai e a UnB. A universidade disponibiliza as vagas, e a Funai oferece bolsas de permanência, que variam entre R$ 150 e R$ 900. Em 2004, quando a parceria começou, os estudantes ingressavam por transferência facultativa. Desde 2005, a seleção é feita anualmente por vestibular específico, que ano passado teve 162 inscritos para preencher dez vagas nos cursos de Agronomia, Enfermagem e Obstetrícia, Engenharia Florestal, Medicina e Nutrição.

Dificuldade de entrosamento

Camila de Magalhães
Correio Braziliense, 24/06/2009

“Caí de paraquedas na universidade”, relata Amazonir. “Quando fui jogada aqui, era que nem cego em tiroteio, acho injusto fazerem isso”, reclama. A indígena diz que sofreu muito para acompanhar os textos dados em aula. E afirma que tinha vergonha de perguntar o que era resenha ou fichamento, para não parecer ignorante.

O que mais valeu a pena, na avaliação da jornalista, foi a base acadêmica adquirida no período. No entanto, a adaptação com os colegas foi o mais difícil. “A gente tem um sentimento de inferioridade, me sinto diferente”, comenta.

Quando andava sozinha, as pessoas não percebiam sua origem pela aparência, mas ao passear pelas ruas com o ex-marido e as filhas, ela diz que as pessoas tinham um olhar desconfiado, por conta dos fortes traços indígenas. Junto com a necessidade de dedicação ao curso, o preconceito foi um dos motivos para que o companheiro quisesse deixar Brasília e voltar para a aldeia.

Para Amazonir, seu sotaque também foi um empecilho na universidade. “Fazia de tudo para não falar porque eu abria a boca e as pessoas perguntavam de onde eu era”, observa. Durante os cinco anos de experiência acadêmica, a indigena conta que não fez amizades porque a diferença de idade atrapalhava (os alunos eram mais novos) e ela não se enquadrava no tipo de grupo que faz trabalho e vai para o barzinho. “Prefiro ficar de for a, é uma auto-defesa”.

>University adds Twitter to the curriculum in Australia

>
Uni adds Twitter to the curriculum

October 16, 2009
The Sydney Morning Herald – smh.com.au

Social networking upstart Twitter has made the jump to academia’s hallowed halls, with ‘tweets’ made compulsory writing for would-be journalists at Griffith University.

“Some students’ tweets are not as in depth as you might like. But I don’t know if getting them to write an essay is any more beneficial,” said Jacqui Ewart, senior lecturer at the university.

Twitter microblogs have become an online phenomenon with users sending ‘tweets’ of up to 140 characters, or just a few words, to increasing numbers of ‘followers’.

The service rose to global prominence during unrest in the wake of Iran’s recent presidential elections with tweets used to broadcast otherwise restricted information.

The service is being used more frequently by politicians, including Australia’s bookish Prime Minister Kevin Rudd, who has asked followers to recommend movie choices and this week ‘tweeted’ about his visit to a rural bakery.

Students were using twitter as “an exercise in self-reflection,” Ewart said, citing increasing demand from employers for people to use social networking tools.

But reaction from students has been mixed, she said, raising questions over the utility of using sites like Twitter and Facebook in a formal education curriculum.

“Quite surprisingly, a lot of students didn’t know what Twitter was. There were a couple of really vocal students who were saying they couldn’t believe we were using it and thought it was a waste of time,” Ewart said.

Reuters