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Sideline collective has rearranged the entire bible into alphabetical order (Design Boom)

designboom.com

lynne myers, oct 15, 2020


joseph ernst and jan van bruggen of sideline collective have reorganized all 1,364 pages of the king james bible into alphabetical order. this immense undertaking marks part of a project to convert seminal books into something objective, quantifiable, and analytical: data. and with this first book, ‘BIBLE THE’, the pair have broken down the world’s most famous publication, allowing us to see which words are used most often.

sideline collective has rearranged the entire bible into alphabetical order designboom

images courtesy of sideline collective

to make BIBLE THE, ernst and van bruggen used a custom-made piece of software. they’ve taken the entire text of the bible and reorganized it alphabetically from a-z. this distills each text down to its lowest common denominator. it highlights the importance people tend to place on the order of said words – and their meaning – and allows for new and interesting interpretations of the written word, in much the same way as an abstract painting might.

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by analyzing the words found in the bible, sideline collective found that it skews towards a positive bias. for example, ‘good’ is used 720 times, ‘bad’ only 18. ‘love’ is used 308 times and ‘hate’ 87 times. and ‘happy’ less so, at 28 times, but still over twice as much as the 11 uses of ‘sad’. ‘right’ features 358 times, ‘wrong’ just 26. and ‘life’ 451 times, still more than the 371 instances of ‘death’.

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this positive trait also translates into biblical subject matter. for example, ‘heaven’ features 582 times, whereas ‘hell’ only 54. there are 94 ‘angels’ to 55 ‘devils’, 96 ‘saints’ to 48 ‘sinners’, and 302 ‘blessed’ to a mere 3 ‘damned’, and a total of 27 ‘miracles’.

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unsurprisingly, there is no ‘sex’ or ‘intercourse’ in the bible, but there are 17 ‘concubines’, 9 ‘adulterers’, 8 ‘harlots’, 4 ‘sodomites’, 3 instances of ‘copulation’, 3 instances of ‘conception”, 2 ‘whores’, and 1 ‘prostitute’. socio-economically, there are twice as many ‘givers’ as ‘takers’ – 93 ‘poor’ and 81 ‘rich’, 77 ‘rulers’, 237 ‘prophets’, ‘30 nobles’, 480 ‘servants’, 400 ‘priests’, 30 ‘soldiers’, 17 ‘publicans’, 27 ‘workers’, 5 ‘lawyers’, 9 carpenters, 1 ‘fishermen’, 6 ‘lepers’, 3 ‘beggar’s, and 1 ‘slave’.

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in terms of diversity, ‘white’ dominates by about 4:1, featuring 75 times, with ‘black’ just 18 times. but the bible does appear to feature a diverse cast: 256 ‘jews’, 254 ‘philistines’, 98 ‘egyptians’, 61 ‘syrians’, 14 ‘greeks’, 10 ‘cushi’ (north africans), 10 ‘assyrians’, 7 ‘romans’, 7 ‘samaritans’, 5 ‘persians’, 4 ‘babylonians’, 2 ‘libyans’, 2 ‘christians’, a single ‘arab’, and an equal amount of ‘believers’ and ‘infidels’.

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gender-wise, the data suggests that the bible is overwhelmingly biased towards males. at it’s most extreme, the bible has 8,472 instances of the word ‘his’ and only a mere 3 instances of ‘hers’. and while this gender bias persists across the male-female divide, for the most part, it is less pronounced. there are 1,653 references to ‘men’ and only 181 to ‘women’. ‘he’ is used 10,404 times, ‘she’ only 982. ‘him’ 6,659 times to 1,994 uses of ‘her’. 

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this gender bias extends beyond pronouns, to other gender-specific identifiers. there’s only 252 ‘daughters’ to 1,094 ‘sons’, only 8 ‘mothers’ to 548 ‘fathers’, only 4 uses of the term ‘lady’ to 7,830 uses of the term ‘lord’, 3 ‘queens’ to 340 ‘kings’, and just 5 uses of ‘goddess’ to 4,440 uses of ‘god’.

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Antigas listas de compras viram evidência sobre quando a Bíblia foi escrita (UOL/NYT)

Isabel Kershner
Em Tel Aviv (Israel)

13/04/201606h00 

Anotações feitas em tinta em cerâmica

Anotações feitas em tinta em cerâmica. Michael Cordonsky/Israel Antiquities Authority via The New York Times

Eliashib, o intendente da remota fortaleza no deserto, recebia suas instruções por escrito, anotações feitas em tinta em cerâmica pedindo que provisões fossem enviadas para as forças no antigo reino de Judá.

Os pedidos por vinho, farinha e óleo parecem listas de compras mundanas, apesar de antigas. Mas uma nova análise da caligrafia sugere que a capacidade de ler e escrever era bem mais disseminada do que antes se sabia na Terra Santa por volta de 600 a.C., perto do final do período do Primeiro Templo. As conclusões, segundo pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, pode ter alguma relevância para o debate de um século sobre quando o corpo principal dos textos bíblicos foi composto.

“Para Eliashib: agora, dê a Kittiyim 3 batos de vinho, e escreva o nome do dia”, diz um dos textos, compostos em hebraico antigo usando o alfabeto aramaico, e aparentemente referindo-se a uma unidade mercenária grega na área.

Outra dizia: “E um coro pleno de vinho, traga amanhã. Não atrase. E se tiver vinagre, dê a eles”.

O novo estudo, publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”, combinou arqueologia, história judaica e matemática aplicada, assim como envolveu processamento de imagens por computador e o desenvolvimento de um algoritmo para distinguir entre os vários autores emitindo as ordens.

Com base na análise estatística dos resultados, e levando em consideração o conteúdo dos textos escolhidos como amostra, os pesquisadores concluíram que pelo menos seis mãos escreveram as 18 mensagens mais ou menos na mesma época. Até mesmo soldados das fileiras mais baixas do exército de Judá, ao que parece, sabiam ler e escrever.

“Há algo psicológico além das estatísticas”, disse o professor Israel Finkelstein, do Departamento de Arqueologia e Civilizações Antigas do Oriente Próximo da Universidade de Tel Aviv, um dos líderes do projeto. “Há um entendimento do poder da alfabetização. E eles escreviam bem, praticamente sem erros.”

O estudo se baseou em um conjunto de cerca de 100 cartas escritas com tinta em pedaços de cerâmica, conhecidos como óstracos, que foram descobertos perto do Mar Morto em escavações do forte Arad, décadas atrás, e datados de cerca de 600 a.C. Isso foi pouco antes da destruição de Jerusalém e do reino de Judá por Nabucodonosor, e o exílio de sua elite para a Babilônia, e antes de quando muitos acadêmicos acreditam que grande parte dos textos bíblicos, incluindo os cinco livros de Moisés também conhecidos como Pentateuco, foram escritos de forma coesa.

A cidadela de Arad era uma frente pequena, distante e ativa, próxima da fronteira com o reino rival de Edom. O forte em si tinha apenas cerca de 2.000 metros quadrados e provavelmente só acomodava cerca de 30 soldados. A riqueza dos textos encontrados ali, registrando movimentos de tropas, provisões e outras atividades diárias, foi criada em um período curto, o que os torna uma amostra valiosa para estudo de quantas mãos diferentes os escreveram.

“Para Eliashib: agora, forneça 3 batos de vinho”, ordenava outro óstraco, adicionando: “E Hananyahu ordena que envie a Beersheba 2 mulas carregadas e envie a massa de pão com elas”.

Um dos argumentos mais antigos para o corpo principal da literatura bíblica não ter sido escrito em nada parecido com sua presente forma até depois da destruição e exílio, em 586 a.C., é que antes não havia alfabetização suficiente e nem escribas suficientes para a realização de uma empreitada tão grande.

Mas se a taxa de alfabetização no forte Arad se repetir por todo o reino de Judá, que contava com cerca de 100 mil habitantes, haveria centenas de pessoas alfabetizadas, sugere a equipe de pesquisa de Tel Aviv.

Isso forneceria a infraestrutura para a composição das obras bíblicas que constituem a base da história e teologia de Judá, incluindo as primeiras versões dos livros do Deuteronômio ao Segundo Livro de Reis, segundo os pesquisadores.

Desde o século 19, os acadêmicos debatem “quando foi escrito?”, disse Finkelstein. “Na própria época ou depois”, ele acrescentou, referindo-se à destruição e exílio.

Nos séculos após a destruição e exílio, até 200 a.C., disse Finkelstein, praticamente não há evidência arqueológica de inscrições em hebraico. Ele disse que esperava que escavações revelassem selos gravados e escritos cotidianos em cerâmica, mesmo que textos mais importantes, como os bíblicos, fossem feitos em materiais perecíveis, como pergaminho e papiro.

Os textos bíblicos escritos nos séculos após 586 a.C., ele sugeriu, provavelmente foram compostos na Babilônia.

Outros acadêmicos alertaram contra extrair conclusões demais a respeito de quando a primeira grande parte da Bíblia foi escrita, com base em extrapolações a partir das taxas de alfabetização antigas.

“Não há um consenso atualmente nos estudos bíblicos”, disse o professor Edward Greenstein, da Universidade Bar-Ilan, perto de Tel Aviv. “O processo de transmissão era muito mais complicado do que os acadêmicos costumam pensar.”

O processo de composição da Torá, segundo Greenstein, parece ter envolvido camadas de reescrições, suplementos e revisões. Apontando para o saber recente da literatura bíblica, ele disse que os escribas podiam registrar os textos principalmente como auxílio à memória, em um mundo onde ainda eram transmitidos oralmente.

“Os textos bíblicos não precisavam ser escritos por muitas pessoas, ou lidos por muitas pessoas, para serem redigidos”, ele disse, acrescentando que os textos não circulavam amplamente.

Para deduzir as taxas de alfabetização, a equipe de pesquisa usou um método que Barak Sober, do Departamento de Matemática Aplicada da Universidade de Tel Aviv, comparou à análise forense de caligrafia adaptada aos tempos antigos.

Os matemáticos pegaram 16 cacos de cerâmica de Arad que eram mais ricos em conteúdo (dois apresentavam inscrições em ambos os lados). Dois dos textos lembravam uma chamada, apenas listando as pessoas presentes, e foram claramente escritos no posto avançado no deserto; outros foram compostos em outro lugar.

Muitas das cartas em aramaico não eram claras, de modo que não era possível dar simplesmente entrada dos dados em um computador. Em vez disso, os pesquisadores conceberam uma forma de reconstruí-las. Então as letras de pares de textos foram misturadas e o algoritmo as separou com base na caligrafia.

Se o algoritmo dividisse as letras em dois grupos claros, os textos eram contados como tendo sido escritos por dois autores. Quando o algoritmo não distinguia entre as letras e as deixava juntas em um grupo, nenhuma posição era tomada; elas podiam ter sido escritas pela mesma mão ou, possivelmente, por duas pessoas com estilo semelhante.

Um cálculo conservador revelou pelo menos quatro autores, e seis quando o conteúdo foi levado em consideração, como quem estava escrevendo para quem.

Outro óstraco foi endereçado a um homem chamado Nahum. Ele foi instruído a ir “até a casa de Eliashib, filho de Eshiyahu” para pegar um jarro de óleo, para enviá-lo a Ziph “rapidamente, o lacrando com seu selo”.

Tradutor: George El Khouri Andolfato