Documento divulgado nesta sexta (27/09) afirma que a temperatura do planeta pode subir quase 5 °C durante este século, o que poderá elevar o nível dos oceanos em até 82 centímetros (foto do Oceano Ártico: Nasa)
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Quinto relatório do IPCC mostra intensificação das mudanças climáticas
27/09/2013
Por Karina Toledo, de Londres
Agência FAPESP – Caso as emissões de gases do efeito estufa continuem crescendo às atuais taxas ao longo dos próximos anos, a temperatura do planeta poderá aumentar até 4,8 graus Celsius neste século – o que poderá resultar em uma elevação de até 82 centímetros no nível do mar e causar danos importantes na maior parte das regiões costeiras do globo.
O alerta foi feito pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), que divulgaram no dia 27 de setembro, em Estocolmo, na Suécia, a primeira parte de seu quinto relatório de avaliação (AR5). Com base na revisão de milhares de pesquisas realizadas nos últimos cinco anos, o documento apresenta as bases científicas da mudança climática global.
De acordo com Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e um dos seis brasileiros que participaram da elaboração desse relatório, foram simulados quatro diferentes cenários de concentrações de gases de efeito estufa, possíveis de acontecer até o ano de 2100 – os chamados “Representative Concentration Pathways (RCPs)”.
“Para fazer a previsão do aumento da temperatura são necessários dois ingredientes básicos: um modelo climático e um cenário de emissões. No quarto relatório (divulgado em 2007) também foram simulados quatro cenários, mas se levou em conta apenas a quantidade de gases de efeito estufa emitida. Neste quinto relatório, nós usamos um sistema mais completo, que leva em conta os impactos dessas emissões, ou seja, o quanto haverá de alteração no balanço de radiação do sistema terrestre”, explicou Artaxo, que está em Londres para a FAPESP Week London, onde participou de um painel sobre mudança climática.
O balanço de radiação corresponde à razão entre a quantidade de energia solar que entra e que sai de nosso planeta, indicando o quanto ficou armazenada no sistema terrestre de acordo com as concentrações de gases de efeito estufa, partículas de aerossóis emitidas e outros agentes climáticos.
O cenário mais otimista prevê que o sistema terrestre armazenará 2,6 watts por metro quadrado (W/m2) adicionais. Nesse caso, o aumento da temperatura terrestre poderia variar entre 0,3 °C e 1,7 °C de 2010 até 2100 e o nível do mar poderia subir entre 26 e 55 centímetros ao longo deste século.
“Para que esse cenário acontecesse, seria preciso estabilizar as concentrações de gases do efeito estufa nos próximos 10 anos e atuar para sua remoção da atmosfera. Ainda assim, os modelos indicam um aumento adicional de quase 2 °C na temperatura – além do 0,9 °C que nosso planeta já aqueceu desde o ano 1750”, avaliou Artaxo.
O segundo cenário (RCP4.5) prevê um armazenamento de 4,5 W/m2. Nesse caso, o aumento da temperatura terrestre seria entre 1,1 °C e 2,6 °C e o nível do mar subiria entre 32 e 63 centímetros. No terceiro cenário, de 6,0 W/m2, o aumento da temperatura varia de 1,4 °C até 3,1 °C e o nível do mar subiria entre 33 e 63 centímetros.
Já o pior cenário, no qual as emissões continuam a crescer em ritmo acelerado, prevê um armazenamento adicional de 8,5 W/m2. Em tal situação, segundo o IPCC, a superfície da Terra poderia aquecer entre 2,6 °C e 4,8 °C ao longo deste século, fazendo com que o nível dos oceanos aumente entre 45 e 82 centímetros.
“O nível dos oceanos já subiu em média 20 centímetros entre 1900 e 2012. Se subir outros 60 centímetros, com as marés, o resultado será uma forte erosão nas áreas costeiras de todo o mundo. Rios como o Amazonas, por exemplo, sofrerão forte refluxo de água salgada, o que afeta todo o ecossistema local”, disse Artaxo.
Segundo o relatório AR5 do IPCC, em todos os cenários, é muito provável (90% de probabilidade) que a taxa de elevação dos oceanos durante o século 21 exceda a observada entre 1971 e 2010. A expansão térmica resultante do aumento da temperatura e o derretimento das geleiras seriam as principais causas.
O aquecimento dos oceanos, diz o relatório, continuará ocorrendo durante séculos, mesmo se as emissões de gases-estufa diminuírem ou permanecerem constantes. A região do Ártico é a que vai aquecer mais fortemente, de acordo com o IPCC.
Segundo Artaxo, o aquecimento das águas marinhas tem ainda outras consequências relevantes, que não eram propriamente consideradas nos modelos climáticos anteriores. Conforme o oceano esquenta, ele perde a capacidade de absorver dióxido de carbono (CO2) da atmosfera. Se a emissão atual for mantida, portanto, poderá haver uma aceleração nas concentrações desse gás na atmosfera.
“No relatório anterior, os capítulos dedicados ao papel dos oceanos nas mudanças climáticas careciam de dados experimentais. Mas nos últimos anos houve um enorme avanço na ciência do clima. Neste quinto relatório, por causa de medições feitas por satélites e de observações feitas com redes de boias – como as do Projeto Pirata que a FAPESP financia no Atlântico Sul –, a confiança sobre o impacto dos oceanos no clima melhorou muito”, afirmou Artaxo.
Acidificação dos oceanos
Em todos os cenários previstos no quinto relatório do IPCC, as concentrações de CO2 serão maiores em 2100 em comparação aos níveis atuais, como resultado do aumento cumulativo das emissões ocorrido durante os séculos 20 e 21. Parte do CO2 emitido pela atividade humana continuará a ser absorvida pelos oceanos e, portanto, é “virtualmente certo” (99% de probabilidade) que a acidificação dos mares vai aumentar. No melhor dos cenários – o RCP2,6 –, a queda no pH será entre 0,06 e 0,07. Na pior das hipóteses – o RCP8,5 –, entre 0,30 e 0,32.
“A água do mar é alcalina, com pH em torno de 8,12. Mas quando absorve CO2 ocorre a formação de compostos ácidos. Esses ácidos dissolvem a carcaça de parte dos microrganismos marinhos, que é feita geralmente de carbonato de cálcio. A maioria da biota marinha sofrerá alterações profundas, o que afeta também toda a cadeia alimentar”, afirmou Artaxo.
Ao analisar as mudanças já ocorridas até o momento, os cientistas do IPCC afirmam que as três últimas décadas foram as mais quentes em comparação com todas as anteriores desde 1850. A primeira década do século 21 foi a mais quente de todas. O período entre 1983 e 2012 foi “muito provavelmente” (90% de probabilidade) o mais quente dos últimos 800 anos. Há ainda cerca de 60% de probabilidade de que tenha sido o mais quente dos últimos 1.400 anos.
No entanto, o IPCC reconhece ter havido uma queda na taxa de aquecimento do planeta nos últimos 15 anos – passando de 0,12 °C por década (quando considerado o período entre 1951 e 2012) para 0,05°C (quando considerado apenas o período entre 1998 e 2012).
De acordo com Artaxo, o fenômeno se deve a dois fatores principais: a maior absorção de calor em águas profundas (mais de 700 metros) e a maior frequência de fenômenos La Niña, que alteram a taxa de transferência de calor da atmosfera aos oceanos. “O processo é bem claro e documentado em revistas científicas de prestígio. Ainda assim, o planeta continua aquecendo de forma significativa”, disse.
Há 90% de certeza de que o número de dias e noites frios diminuíram, enquanto os dias e noites quentes aumentaram na escala global. E cerca de 60% de certeza de que as ondas de calor também aumentaram. O relatório diz haver fortes evidências de degelo, principalmente na região do Ártico. Há 90% de certeza de que a taxa de redução da camada de gelo tenha sido entre 3,5% e 4,1% por década entre 1979 e 2012.
As concentrações de CO2 na atmosfera já aumentaram mais de 20% desde 1958, quando medições sistemáticas começaram a ser feitas, e cerca de 40% desde 1750. De acordo com o IPCC, o aumento é resultado da atividade humana, principalmente da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento, havendo uma pequena participação da indústria cimenteira.
Para os cientistas há uma “confiança muito alta” (nove chances em dez) de que as taxas médias de CO2, metano e óxido nitroso do último século sejam as mais altas dos últimos 22 mil anos. Já mudanças na irradiação solar e a atividade vulcânica contribuíram com uma pequena fração da alteração climática. É “extremamente provável” (95% de certeza) de que a influência humana sobre o clima causou mais da metade do aumento da temperatura observado entre 1951 e 2010.
“Os efeitos da mudança climática já estão sendo sentidos, não é algo para o futuro. O aumento de ondas de calor, da frequência de furacões, das inundações e tempestades severas, das variações bruscas entre dias quentes e frios provavelmente está relacionado ao fato de que o sistema climático está sendo alterado”, disse Artaxo.
Impacto persistente
Na avaliação do IPCC, muitos aspectos da mudança climática vão persistir durante muitos séculos mesmo se as emissões de gases-estufa cessarem. É “muito provável” (90% de certeza) que mais de 20% do CO2 emitido permanecerá na atmosfera por mais de mil anos após as emissões cessarem, afirma o relatório.
“O que estamos alterando não é o clima da próxima década ou até o fim deste século. Existem várias publicações com simulações que mostram concentrações altas de CO2 até o ano 3000, pois os processos de remoção do CO2 atmosférico são muito lentos”, contou Artaxo.
Para o professor da USP, os impactos são significativos e fortes, mas não são catastróficos. “É certo que muitas regiões costeiras vão sofrer forte erosão e milhões de pessoas terão de ser removidas de onde vivem hoje. Mas claro que não é o fim do mundo. A questão é: como vamos nos adaptar, quem vai controlar a governabilidade desse sistema global e de onde sairão recursos para que países em desenvolvimento possam construir barreiras de contenção contra as águas do mar, como as que já estão sendo ampliadas na Holanda. Quanto mais cedo isso for planejado, menores serão os impactos socioeconômicos”, avaliou.
Os impactos e as formas de adaptação à nova realidade climática serão o tema da segunda parte do quinto relatório do IPCC, previsto para ser divulgado em janeiro de 2014. O documento contou com a colaboração de sete cientistas brasileiros. Outros 13 brasileiros participaram da elaboração da terceira parte do AR5, que discute formas de mitigar a mudança climática e deve sair em março.
De maneira geral, cresceu o número de cientistas vindos de países em desenvolvimento, particularmente do Brasil, dentro do IPCC. “O Brasil é um dos países líderes em pesquisas sobre mudança climática atualmente. Além disso, o IPCC percebeu que, se o foco ficasse apenas nos países desenvolvidos, informações importantes sobre o que está acontecendo nos trópicos poderiam deixar de ser incluídas. E é onde fica a Amazônia, um ecossistema-chave para o planeta”, disse Artaxo.
No dia 9 de setembro, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) divulgou o sumário executivo de seu primeiro Relatório de Avaliação Nacional (RAN1). O documento, feito nos mesmos moldes do relatório do IPCC, indica que no Brasil o aumento de temperatura até 2100 será entre 1 °C e 6 °C, em comparação à registrada no fim do século 20. Como consequência, deverá diminuir significativamente a ocorrência de chuvas em grande parte das regiões central, Norte e Nordeste do país. Nas regiões Sul e Sudeste, por outro lado, haverá um aumento do número de precipitações.
“A humanidade nunca enfrentou um problema cuja relevância chegasse perto das mudanças climáticas, que vai afetar absolutamente todos os seres vivos do planeta. Não temos um sistema de governança global para implementar medidas de redução de emissões e verificação. Por isso, vai demorar ainda pelo menos algumas décadas para que o problema comece a ser resolvido”, opinou Artaxo.
Para o pesquisador, a medida mais urgente é a redução das emissões de gases de efeito estufa – compromisso que tem de ser assumido por todas as nações. “A consciência de que todos habitamos o mesmo barco é muito forte hoje, mas ainda não há mecanismos de governabilidade global para fazer esse barco andar na direção certa. Isso terá que ser construído pela nossa geração”, concluiu.
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JC e-mail 4822, de 27 de Setembro de 2013.
IPCC lança na Suécia novo relatório sobre as mudanças climáticas (O Globo)
O documento reúne previsões do aquecimento global até 2100 apontando aumento de temperatura superior a 2 graus. ‘A influência humana no clima é clara’, diz trabalho
A previsão do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) é que o aquecimento global até o final do século 21 seja “provavelmente superior” a 2 graus (com pelo menos 66% de chances disto acontecer), superando o limite considerado seguro pelos especialistas. Até 2100, o nível do mar deve aumentar perigosamente de 45 a 82 centímetros, considerando o pior cenário (ou de 26 a 55 centímetros, no melhor), e o gelo do Ártico pode diminuir até 94% durante o verão local.
Além disso, o relatório do IPCC — publicado na manhã desta sexta-feira em Estocolmo, na Suécia, com as bases científicas mais atualizadas sobre as mudanças climáticas — considera que há mais de 95% de certeza para afirmar que o homem causou mais da metade da elevação média da temperatura entre 1951 e 2010. Neste período, o nível dos oceanos aumentou 19 centímetros.
O documento, com o trabalho de 259 cientistas e representantes dos governos de 195 países, inclusive o Brasil, ressalta que parte das emissões de CO2 provocadas pelo homem continuará a ser absorvida pelos oceanos. Por isso, é praticamente certo (99% de probabilidade) que a acidificação dos mares vai aumentar, afetando profundamente a vida marinha.
– A mudança de temperatura da superfície do planeta deve exceder 1,5 grau, e, provavelmente, será superior a 2 graus – disse o copresidente do trabalho Thomas Stocker. – É muito provável que as ondas de calor ocorram com mais frequência e durem mais tempo. Com o aquecimento da Terra, esperamos ver regiões atualmente úmidas recebendo mais chuvas, e as áridas, menos, apesar de haver exceções.
Os especialistas fizeram quatro projeções considerando situações diferentes de emissões de gases-estufa. Em todas, há aumento de temperatura. As mais brandas ficam entre 0,3 ºC e 1,7 ºC. Nestes casos, seria necessário diminuir muito as emissões. Já no cenário mais pessimista, o aquecimento ficaria entre 2,6 ºC e 4,8 ºC.
– Na minha opinião, o relatório é muito bom, repleto de informações e todas muito bem fundamentadas – comentou a especialista brasileira Suzana Kahn, que faz parte do grupo de pesquisadores do IPCC em Estocolmo. – No fundo, o grande ganho é a comprovação do que tem sido dito há mais tempo, com muito mais informação sobre o papel dos oceanos, das nuvens e aerossóis. Isto é muito importante para o mundo científico, pois aponta para áreas que precisam ser mais investigadas.
Suzana conta que a dificuldade de fazer projeções e análises para o Hemisfério Sul causou muita polêmica. O grande problema é a falta de dados:
– Acho que isto foi interessante para comprovar que estávamos certos ao criar o Painel Brasileiro de Mudança Climática para suprir esta lacuna.
De acordo com Carlos Rittl, Coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energias do WWF-Brasil, o relatório do IPCC deixa uma mensagem clara: o aquecimento global é incontestável. E é preciso começar agora contra os piores efeitos.
– O relatório do IPCC reafirma algumas certezas e vai além. Aponta a perda de massa de gelo, o aumento do nível dos oceanos, o incremento de chuvas onde já se chove muito, além da diminuição da umidade nas regiões mais áridas. No Brasil, o semiárido pode se tornar mais árido. Por outro lado, o Sul e Sudeste podem ter mais chuvas do que hoje – enumerou Rittl. – É importante ressaltar que o relatório fala de médias. Ou seja, em algumas regiões do país pode haver aumento de seis graus, com picos de mais de oito graus. A gente não está preparado para isso. E nossas emissões nos colocam numa trajetória de altíssimo risco, mais próxima dos piores cenários.
Para Rittl, a ciência está dando uma mensagem clara: é preciso diminuir as emissões. Isso significa levar os temas relacionados às mudanças climáticas para as decisões políticas:
– Hoje o aquecimento global ainda é um tema marginal. Os investimentos em infraestrutura, energia, o plano Safra, todos os grandes investimentos da escala de trilhões de reais não têm praticamente nenhuma vinculação com a lógica de baixo carbono. Estamos sendo pouco responsáveis.
Diplomacia e ciência
John Kerry, secretário de Estado dos EUA, ressalta que o relatório do IPCC não deve ser esquecido num armário, nem interpretado como uma peça política feita por políticos: “é ciência”, resume. De acordo com ele, os Estados Unidos estão “profundamente comprometidos em combater as mudanças climáticas”, reduzindo emissões de gases-estufa e investindo em formas eficientes de energia.
Este é mais um chamado de atenção: aqueles que negam a ciência ou procuram desculpas para evitar a ação estão brincando com fogo – afirmou Kerry. – O resumo do relatório do IPCC é este: a mudança climática é real, está acontecendo agora, os seres humanos são a causa dessa transformação, e somente a ação dos seres humanos pode salvar o mundo de seus piores impactos.
Lançado a cada seis anos, os relatórios do IPCC estão sob críticas de especialistas. O processo de análise dos documentos por representantes do governo acaba chegando a uma situação intermediária entre diplomacia e ciência, explica Emilio La Rovere, pesquisador da Coppe/UFRJ.
– O resultado é um meio termo entre diplomacia e ciência – afirmou Rovere.
Um dos pontos mais polêmicos são os chamados hiatos, períodos de cerca de 15 anos em que a temperatura média do planeta não aumenta. Por exemplo, a Agência Estatal de Meteorologia da Espanha anunciou, nesta semana, que o último trimestre na Península Ibérica foi o menos quente desde 2008. Entretanto, o relatório de 2007 do IPCC não citou estas pausas do aquecimento, dando argumento aos céticos.
Limite do aquecimento global
As informações do IPCC são importantes para a criação de estratégias de combate às mudanças climáticas. Na Convenção do Clima da Dinamarca (COP-15, realizada em 2009), foi criada a meta de limitar o aquecimento global em 2 graus. Para isso acontecer em 2050, explica Emilio La Rovere, da Coppe/UFRJ, seria necessário cortar 80% das emissões em comparação com 1990:
– Os modelos matemáticos simulando evolução demográfica, economia mundial, demanda e oferta de energia mostram que fica realmente quase impossível atingir este objetivo.
Este é o Quinto Relatório do IPCC, que será lançado em quatro partes, entre setembro de 2013 e novembro de 2014. Nesta sexta-feira, foi publicado o documento do Grupo de Trabalho I (sobre os aspectos científicos das mudanças climáticas). Entre os dias 25 e 29 de março de 2014, será a vez do Grupo de Trabalho II (analisando os impactos, a adaptação e a vulnerabilidade), que se reunirá em Yokohama, no Japão. O Grupo de Trabalho III (especializado na mitigação dos impactos das mudanças climáticas) está previsto para os dias 7 e 11 de abril em Berlim, na Alemanha. Por fim, será criado um relatório síntese, cujos trabalhos ocorrerão entre os dias 27 e 31 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca.
(Cláudio Motta/O Globo)
Matéria complementar de O Globo:
Relatório destaca como a ação humana agrava o aquecimento
http://oglobo.globo.com/ciencia/relatorio-destaca-como-acao-humana-agrava-aquecimento-1-10171896#ixzz2g6MfZIsl
Veja mais em:
Folha de S.Paulo
Relatório sobe tom de alerta sobre aquecimento
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saudeciencia/131005-relatorio-sobe-tom-de-alerta-sobre-aquecimento.shtml
Agência Estado
ONU culpa atividades humanas por aquecimento global
http://www.territorioeldorado.limao.com.br/noticias/not297255.shtm
Zero Hora
Temperatura da Terra subirá entre 0,3°C e 4,8°C neste século, aponta IPCC
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/planeta-ciencia/noticia/2013/09/temperatura-da-terra-subira-entre-0-3c-e-4-8c-neste-seculo-aponta-ipcc-4283083.html
Correio Braziliense
Temperatura do planeta subirá entre 0,3 e 4,8ºC no século 21, diz IPCC
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2013/09/27/interna_ciencia_saude,390388/temperatura-do-planeta-subira-entre-0-3-e-4-8-c-no-seculo-21-diz-ipcc.shtml